Estudos de conforto térmico visam analisar e ou estabelecer condições que avaliem ou ajudem na concepção de um ambiente térmico adequado à ocupação humana e às atividades ali exercidas. As normas existentes a respeito, são baseadas em estudos realizados em câmaras climatizadas. Alguns autores apontam problemas quando são usados índices racionais para estimar o conforto térmico em estudos de campo. O presente trabalho realizou estudo de campo em um edifício de escritórios na cidade de Maringá, noroeste do Paraná. Realizaram-se análises de correlação entre índices analíticos de conforto e as sensações relatadas pelos usuários dos ambientes pesquisados. Foram comparados os desempenhos do índice de conforto preconizados pela norma, o PMV, voto médio estimado, estabelecido por FANGER (1970); Com o índice estabelecido por XAVIER (1999) e o índice PMV ajustado por HUMPREYS & NICOL (2001). As comparações estabeleceram o índice, com melhor desempenho, para estimar as sensações de conforto neste caso especifico. O PMV ajustado por HUMPREYS & NICOL (2001) explicou 75% das variações das sensações reais verificadas. O índice determinado por XAVIER (1999) explicou 74% destas variações, enquanto 64% das variações nas sensações reais verificadas são explicadas pelo modelo do PMV. Foram realizadas comparações entre os diferentes sexos. A diferença das vestimentas entre o sexo feminino e o sexo masculino influenciou o grau de acerto dos índices analíticos. Para o sexo masculino, com maior isolamento térmico das vestimentas, o acerto foi menor enquanto para o sexo feminino, os índices analíticos de conforto se mostraram mais eficientes. A temperatura externa coletada se mostrou, segundo este estudo, um bom parâmetro a ser adotado para estimar as sensações de conforto. Sendo que 75% das variações nas sensações reais verificadas são explicadas por esta variável.
Autor:
Cesar Henrique De Godoy Gomes
Orientador:
Roberto Lamberts
Resumo:
Ano de defesa: