Este trabalho apresenta como medidas de eficiência energética podem influenciar na demanda de energia para resfriamento de uma edificação multifamiliar de baixa renda. A edificação residencial utilizada foi definida com base no programa do governo federal brasileiro “Minha Casa Minha Vida”. O trabalho explora diferentes medidas de eficiência energética, como diferentes paredes e coberturas; absortância térmica da envoltória da edificação; sombreamento e aumento do fator de abertura. As análises foram executadas usando os dados climáticos de São Paulo e Salvador. Os resultados de carga térmica anual para resfriamento obtidos por cada medida de eficiência energética foram comparados. O primeiro passo da análise consistiu na avaliação dos resultados obtidos para cada medida de eficiência energética usando o metamodelo presento no Regulamento Brasileiro para Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações Residenciais. Após isto, a análise de retorno financeiro foi aplicada para cada medida de eficiência energética adotada. O segundo passo da análise consistiu na avaliação dos resultados obtidos pelo metamodelo do Regulamento brasileiro e comparação com os resultados obtidos usando o estado da arte de programas de simulação energética para edificações. Os resultados obtidos para o clima da cidade de São Paulo indicaram que a combinação de medidas mais eficiente foram o uso de isolante térmico nas paredes e cobertura, baixa transmitância térmica e sombreamento. Para o clima de Salvador foram obtidos os mesmos resultados, com exceção do uso de isolamento térmica nas paredes. Além disso, o metamodelo apresentou diferenças significativas comparado com a simulação para a edificação residencial analisada. O metamodelo pode requerer melhorias para indicar devidamente o correto consumo de energia da envoltória da edificação.
Autor:
Leticia Gabriela Eli
Orientador:
Roberto Lamberts
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