Influência de elementos construtivos do envelope no desempenho térmico de edificações unifamiliares

Autor:
Leonardo Mazzaferro
Orientador:
Enedir Ghisi
Resumo:

O objetivo principal deste trabalho é investigar a influência de elementos construtivos do envelope no desempenho térmico de edificações residenciais unifamiliares, através de simulação computacional. A tipologia de edificação adotada baseia-se em um protótipo de habitação de interesse social, com 57 m². A edificação é ventilada naturalmente. As rotinas de ocupação, iluminação, equipamentos e abertura de janelas foram definidas por estudos efetuados na Grande Florianópolis. As simulações computacionais foram realizadas utilizando o programa EnergyPlus. O contato com o solo foi considerado através do pré-processador Slab, acoplado ao EnergyPlus. Adotaram-se quatro tipos de parede e oito tipos de cobertura, sendo que oito combinações de envelopes foram analisadas. Assim como as paredes e as coberturas, os envelopes foram classificados em leves, pesados ou isolantes. As três cidades contempladas nas simulações foram Florianópolis, Curitiba e Fortaleza. Analisando os resultados obtidos para Florianópolis, através de gráficos de temperatura operativa e de somatório de graus-hora, percebe-se que os envelopes isolantes e os envelopes pesados obtiveram os melhores desempenhos térmicos. Os envelopes leves, para Florianópolis, apresentaram grandes amplitudes térmicas dentro da edificação. Para os envelopes simulados em Florianópolis, os graus-hora de resfriamento foram superiores aos graus-hora de aquecimento. Para Curitiba, os envelopes isolantes e os envelopes pesados também obtiveram o melhor desempenho térmico, porém os graus-hora de resfriamento foram inferiores aos graus-hora de aquecimento. Por outro lado, nos casos simulados para Fortaleza não houve grandes diferenças percentuais entre os resultados dos envelopes. Analisando as correlações entre transmitância térmica ponderada do envelope e os graushora, para Florianópolis e Curitiba, verificou-se que a transmitância térmica ponderada do envelope teve forte influência sobre o desempenho térmico das edificações simuladas. A correlação entre capacidade térmica ponderada do envelope e graus-hora teve uma influência média sobre o desempenho térmico das edificações simuladas.

Ano de defesa: