Análise econômica de medidas de eficiência energética de uma tipologia de supermercado de acordo com o método de etiquetagem PBE Edifica

Autor:
Vinícius Neto Garcia
Orientador:
Ana Paula Melo
Resumo:

Neste trabalho foi utilizado o método simplificado da Instrução Normativa Inmetro para a classe de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (INI-C) para calcular a carga térmica de refrigeração e avaliar o uso de medidas de eficiência energética (MEEs) na envoltória de um supermercado no município de Florianópolis/Santa Catarina. Primeiramente, foi avaliado o nível de eficiência da envoltória da edificação, e com base no resultado foram avaliadas medidas de eficiência energética. Foram avaliadas nove MEEs, onde três foram avaliadas para cobertura e outras três para as paredes. Nesses casos variou-se transmitância, absortância e capacidade térmica dos componentes. As outras três avaliações foram realizadas para os vidros, onde variou-se o fator solar e a transmitância térmica. A partir das MEEs que apresentaram maior redução de carga térmica da edificação em cada componente construtivo foram elaborados pacotes com o intuito de combinar as medidas e aumentar a eficiência energética da envoltória da edificação. Como resultado foi obtido que seis das nove medidas avaliadas apresentaram redução da carga térmica, para a cobertura essa redução ocorreu na instalação de forro de gesso, nas paredes a redução foi resultado da execução de pintura externa com cor mais clara e também na aplicação de uma camada de reboco, quanto aos vidros, todas as três medidas apresentaram resultado positivo. Com isso, os melhores resultados para a cobertura, paredes e vidros foram referentes a instalação de forro de gesso, pintura externa com cor clara e instalação de vidro modelo Cebrace Cool-Lite 144 II, respectivamente, com destaque para a pintura externa que apresentou uma redução de 3,67%. O pacote que apresentou maior redução de carga térmica foi justamente o que combinou estas três medidas, obtendo uma redução de 6,97%. Todas as MEEs geraram uma edificação com envoltória classificada como nível “C”, enquanto, para os pacotes, tem-se que as combinações da pintura com a troca do vidro e a combinação que abrange as três MEEs geraram a obtenção de envoltórias nível “B”. A partir das reduções de carga térmica utilizou-se das ferramentas TIR, VPL e payback corrigido para realizar avaliações de viabilidade econômica para as MEEs com melhor desempenho em cada componente e para os pacotes gerados a partir delas. A medida que chegou mais próxima da viabilidade foi a pintura externa das paredes, que foi aprovada no critério do VPL e payback corrigido, mas foi reprovada no critério da TIR. Tal fato foi justificado com uma TMA alta por conta do momento econômico do país no momento da realização do trabalho.

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