Influência da interação dos usuários com elementos internos de sombreamento na eficiência energética de edificações comerciais

Autor:
Mateus Vinícius Bavaresco
Orientador:
Enedir Ghisi
Resumo:

O objetivo deste trabalho foi avaliar as interações dos usuários com os elementos internos de sombreamento de uma edificação de escritório sob dois aspectos: um qualitativo e um quantitativo. O aspecto qualitativo compreendeu a aplicação de questionários a usuários de uma edificação de escritório de Florianópolis. Foram criados três padrões de comportamento (dois passivos e um ativo). O primeiro dos passivos consiste na manutenção dos elementos internos de sombreamento abertos durante todo o ano. O segundo grupo de usuários passivos compreende os que mantêm os elementos fechados durante todo o ano. O usuário ativo tende a abrir os elementos internos de sombreamento no momento de chegada ao ambiente de trabalho e a fechá-los quando é percebida radiação solar superior a 50 W/m² no plano de trabalho. A avaliação quantitativa consistiu em simulações computacionais a fim de mensurar a influência dos padrões de comportamento na eficiência energética de edificações. As simulações foram realizadas com o plug-in DIVA 4.0. Percebeu-se que o comportamento dos usuários passivos que mantêm os elementos internos de sombreamento sempre abertos resulta nos maiores aproveitamentos de luz natural. Entretanto, a radiação solar incidente é menos obstruída e o consumo com resfriamento tende a ser maior em relação aos outros dois usuários avaliados. Os usuários ativos tendem a gerar consumos intermediários em relação aos dois perfis de comportamento passivo tanto para iluminação quanto para resfriamento. Os usuários passivos que mantêm os elementos sempre fechados geram os menores aproveitamentos de iluminação natural, mas as maiores reduções na carga térmica interna. Entretanto, o elevado consumo com iluminação artificial faz com que o consumo total seja superior aos dos usuários passivos. Dessa forma, como tendência geral, percebeu-se que o comportamento do usuário ativo resulta nos menores consumos de energia em comparação aos dois perfis de usuário passivo avaliados. 

Ano de defesa: