Neste trabalho foi utilizado o método simplificado da Instrução Normativa Inmetro para a classe de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (INI-C) para calcular a carga térmica de refrigeração e avaliar o uso de medidas de eficiência energética (MEEs) na envoltória de um supermercado no município de Florianópolis/Santa Catarina. Primeiramente, foi avaliado o nível de eficiência da envoltória da edificação, e com base no resultado foram avaliadas medidas de eficiência energética. Foram avaliadas nove MEEs, onde três foram avaliadas para cobertura e outras três para as paredes. Nesses casos variou-se transmitância, absortância e capacidade térmica dos componentes. As outras três avaliações foram realizadas para os vidros, onde variou-se o fator solar e a transmitância térmica. A partir das MEEs que apresentaram maior redução de carga térmica da edificação em cada componente construtivo foram elaborados pacotes com o intuito de combinar as medidas e aumentar a eficiência energética da envoltória da edificação. Como resultado foi obtido que seis das nove medidas avaliadas apresentaram redução da carga térmica, para a cobertura essa redução ocorreu na instalação de forro de gesso, nas paredes a redução foi resultado da execução de pintura externa com cor mais clara e também na aplicação de uma camada de reboco, quanto aos vidros, todas as três medidas apresentaram resultado positivo. Com isso, os melhores resultados para a cobertura, paredes e vidros foram referentes a instalação de forro de gesso, pintura externa com cor clara e instalação de vidro modelo Cebrace Cool-Lite 144 II, respectivamente, com destaque para a pintura externa que apresentou uma redução de 3,67%. O pacote que apresentou maior redução de carga térmica foi justamente o que combinou estas três medidas, obtendo uma redução de 6,97%. Todas as MEEs geraram uma edificação com envoltória classificada como nível “C”, enquanto, para os pacotes, tem-se que as combinações da pintura com a troca do vidro e a combinação que abrange as três MEEs geraram a obtenção de envoltórias nível “B”. A partir das reduções de carga térmica utilizou-se das ferramentas TIR, VPL e payback corrigido para realizar avaliações de viabilidade econômica para as MEEs com melhor desempenho em cada componente e para os pacotes gerados a partir delas. A medida que chegou mais próxima da viabilidade foi a pintura externa das paredes, que foi aprovada no critério do VPL e payback corrigido, mas foi reprovada no critério da TIR. Tal fato foi justificado com uma TMA alta por conta do momento econômico do país no momento da realização do trabalho.
Autor:
Vinícius Neto Garcia
Orientador:
Ana Paula Melo
Resumo:
Ano de defesa: