Introdução - O comportamento térmico de uma edificação é predominantemente impactado pelas variáveis climáticas e características do entorno. Todavia, os consultores e pesquisadores tradicionalmente a modelam desconsiderando completamente qualquer impacto da ilha de calor urbana, principalmente com relação à temperatura superficial do entorno e as condições climáticas locais. Objetivo - Avaliar o impacto da radiação de onda longa e do clima urbano sobre o desempenho energético de edifícios de escritórios condicionados artificialmente. Metodologia - Através da aplicação do hipercubo latino, uma amostra de 1000 casos de edifícios de escritórios foi submetida à simulação computacional, obtendo-se o valor das cargas térmicas para análise dos resultados. As simulações foram realizadas por meio dos programas EnergyPlus e UWG, considerando o clima de Santa Maria/ RS. Para efeitos de comparação, a amostra foi simulada mediante quatro métodos de modelagem, os quais se diferem pelo nível de detalhamento dado ao clima e à radiação de onda longa, definindo-se como: radiação detalhada em clima modificado (RDCM), radiação detalhada em clima padrão (RDCP), radiação simplificada em clima modificado (RSCM) e radiação simplificada em clima padrão (RSCP). Resultados e Discussões - A ilha de calor (RDCM) promove um aumento na carga térmica de resfriamento dos casos em relação ao RSCP, apresentando variação percentual de 5% a 59%, com erro médio de 24%. A absortância do pavimento foi o parâmetro com maior índice de sensibilidade, seguido das características volumétricas da configuração urbana e do fator solar da janela do escritório. Conclusões - Quando o ganho por radiação solar é menor, as variações percentuais são maiores. Assim, cenários que enquadram-se nesse perfil, potencialmente apresentam um maior erro associado à modelagem simplificada (RSCP).
Autor:
Rayner Maurício e Silva Machado
Orientador:
Roberto Lamberts
Resumo:
Ano de defesa: