Uma metodologia para a determinação do fator solar desejável em aberturas

Autor:
Luciano Dutra
Orientador:
Roberto Lamberts, Fernando Pereira
Resumo:

Este trabalho pergunta o que é e de que modo quantificar uma proteção solar eficiente, isto é, um brise que correlacione a incidência de radiação solar com o seu efeito sobre o conforto térmico do homem no interior de uma arquitetura.

Inicialmente, são avaliados três métodos para diagnóstico de brises. As limitações surgidas no exercício destes métodos e na avaliação de sua eficiência como ferramenta de trabalho trouxeram à tona algumas premissas sem as quais não se poderia dar partida numa nova metodologia. É proposto então, um método mais completo, que relaciona as variáveis abstratas dos fenômenos de radiação e ganho térmico solar com índices de linguagem mais clara para o arquiteto.

Dispondo dos dados horários de radiação solar global na superfície horizontal e de temperatura durante um ano climático de referência (TRY) para a cidade de Florianópolis, fez-se o cálculo da radiação direta, difusa e refletida para superfície inclinada para as orientações Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste. Estes valores de radiação são transformados em ganhos térmicos, que equacionados no método da admitância fornecem o valor da temperatura ambiental interna média para uma sala típica de escritórios. As temperaturas calculadas são comparadas com as temperaturas da zona de conforto de Givoni. As comparações são aplicadas ao modelo da admitância invertido, resultando em valores de ganhos térmicos solares desejáveis para cada dia do ano. Com isso, os fatores de ganho térmico solares podem ser obtidos pelo confronto entre os valores ideais e os valores disponíveis de ganho térmico solar.

Ao analisar o comportamento de uma proteção solar frente aos seus fatores solares desejáveis, pode-se quantificar sua eficiência.

Ano de defesa: